Compete ao urologista o tratamento cirúrgico das doenças que acometem o rim e as vias
urinárias. Nesse contexto, algumas doenças renais são de tratamento cirúrgico e envolvem a
retirada total do rim (nefrectomia total), ou a retirada de segmentos do rim (nefrectomia
parcial), permitindo a manutenção da capacidade do rim acometido de permanecer
executando suas funções, porém sem a patologia que o acometeu. É a chamada cirurgia
poupadora de néfrons.

Qualquer que seja a cirurgia realizada no rim, podemos caracterizá-la como sendo um
procedimento de alta complexidade, uma vez que o órgão é altamente vascularizado e guarda
íntima relação com outros órgãos, como fígado, baço, pâncreas e glândulas suprarrenais.
Existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas que podem levar à necessidade da
retirada do rim. Mas, de uma maneira geral, as principais indicações que levam à necessidade daremoção do rim são as doenças tumorais.

Os tumores renais podem ser enquadrados em cistos renais complexos ou nódulos renais
sólidos. Quando descobertos em fase inicial, têm grande probabilidade de cura ou de
preservação de boa parte do rim.

Quanto maior e mais perto de estruturas nobres do rim, como por exemplo dos vasos
sanguíneos renais, maior é a complexidade para a preservação do órgão acometido pelo tumor.
Nessas situações, é importante a avaliação quanto à possibilidade de realização de uma cirurgiarobótica, pois a sua precisão e magnificação de visão aumentam a probabilidade de
preservação renal ao permitir a realização de uma cirurgia preservadora de néfrons pela
técnica minimamente invasiva. Tudo isso, com menor dor pós-operatória, menor incisão, menor chancede hérnia no local da cicatriz cirúrgica e recuperação precoce.